quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


Obrigado Senhor por nos ter permitido atravessar mais um tempo em nossas vidas, mantendo-nos firmes em nosso desiderato de “Tornar Feliz a Humanidade”. Foi difícil? Quase irrealizável? A resposta está em Goethe:

"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o Universo conspira a seu favor".

Expressar gratidão eleva nosso espírito, nos aproxima do Sagrado e faz renascer o Divino que habita cada um de nós, seja qual for nossa confissão de fé, pois Ele reside na Esperança, no Amor, na crença e no desejo de fazer o outro feliz.

Envolvidos pelo mistério da Ressurreição, aproximamo-nos da conclusão de mais um ciclo existencial. É tempo de reavaliar nossos propósitos e expressar de forma contundente nossa Fraternidade, nossa Solidariedade para com todos, fazendo de nossos exemplos o norte para as mudanças que pretendemos implementar na Sociedade. Venham ou não os resultados externos, nossa consciência tem que estar tranquila.

Ao reverenciar, em mais este Natal, o mistério da chegada do Mestre dos Mestres entre nós, possamos sentir verdadeiramente o quanto Ele tem sido benevolente para com todos; possamos entoar louvores ao G.·.A.·.D.·.U.·. por essa graça.

Que a Luz Renovadora deste Natal possa nos guiar em busca das oportunidades que o Ano Novo nos trará.


Essa é a mensagem de fim de ano dos Irmãos Maçom de Guariba

quinta-feira, 29 de novembro de 2012


O Segredo é Saber Como Morrer.

Invariavelmente, tenho por costume em minhas oratórias, ilustrar as mesmas com uma frase, pensamento ou alguma citação feita por algum filósofo ou escritor cuja sapiência seja por demais inconteste que a mera síntese da frase esclareça o tema sem a necessidade de se prolongar a fala.

Como o tema desta noite é por demais delicado, e por que não dizer, de difícil tratativa, resumirei aqui os ensinamentos do Grau de Mestre Maçom na frase contida em um dos livros do escritor norte-americano Dan Brown, autor de diversas obras literárias de sucesso mundial, dentre elas o famoso "O Código Da Vinci", que em seu último livro, intitulado "O Símbolo Perdido", que tem como tema de fundo a maçonaria, inicia o primeiro capítulo com a seguinte frase:

"O segredo é saber como morrer." 

Pronto. É esse o tema de hoje: a morte! E aí, vocês estão preparados?

(...   .’.   ...) 

A Morte é um dos maiores mistérios da vida, se não for o maior deles. Justamente por ser um mistério, ela é temida pela grande maioria das pessoas. A temática da morte está presente em todas as formações religiosas, devido a obscuridade que a envolve. Blaise Pascal dizia: "Tudo o que sei é que devo morrer em breve; mas o que mais ignoro é essa mesma morte, que não saberei evitar".

Para pensarmos na morte, devemos ter em vista que a mesma comporta vários níveis de interpretação e de compreensão desde o mais básico, como o biológico quando um ser vivente atinge um nível de desorganização em que ocorre a cessação dos processos vitais, passando pela simbólica podendo ser sócio-cultural, envolvendo os processos de se morrer, até a morte no sentido mais metafísico que é a morte espiritual.

A questão por si só nos causa tanto medo, que passamos a maioria da vida, e por que não dizer a vida toda, fingindo que ela não existe. Mas ela existe. Evitamos tocar no assunto, geralmente deixando discussões mais acaloradas para filósofos, religiosos ou estudiosos. Voltaire manifestava-se, ainda enfermo, quase moribundo, bradando inconformado: "Aproximo-me suavemente do momento em que os filósofos e os imbecis têm o mesmo destino."

Um belo dia, porém, quando menos se espera, ela chega bem perto de nós. Somos obrigados a encará-la de frente, em geral isso acontece quando ainda somos crianças, aos poucos, vemos partir nossos avós, tios, pais, irmãos, parentes, vizinhos, amigos, isso quando a natureza não resolve atropelar a ordem natural das coisas e muda tudo nos tirando do convívio pessoas que julgamos inaptas para morrer. Mas afinal, quando é a hora certa de se morrer? 

Relembro-vos: "O segredo é saber como morrer." 

Alguns, julgando-se suficientemente esclarecidos diriam que o segredo não é saber como morrer, mais sim saber como viver. Como se alguém, de alguma maneira, em infinita sabedoria, pudesse escolher a vida que outro queira, ou possa levar. Ledo engano. Cada um é senhor do próprio destino. Ninguém é dono da vida de outrem.

Mas talvez, para sabermos como morrer, devamos sim saber dar sentido à nossas vidas. E o que dá sentido à nossas vidas, senão o amor, a amizade, a devoção à um Ente Supremo, a caridade, a esperança, a vida em harmonia, a paz interior, enfim, a busca da felicidade? Honoré de Balzac dizia que: "O homem morre a primeira vez quando perde o entusiasmo".

Sócrates, filósofo grego, a 4 anos a.C., condenado a tomar cicuta, manteve uma serenidade única que talvez tenhamos que aprender à aprimorar, já que morrer é o destino que nos aguarda em futuro incerto, mas inevitável. Segundo ele, a morte em nenhuma hipótese poderia ser um mal, ou seria um sono profundo, sem sonhos, ou a passagem para outro mundo, outra dimensão, onde talvez possamos reencontrar todos aqueles que partiram antes de nós, e que nos são queridos. Convenhamos, até para o mais convicto dos ateus, a lógica de Sócrates, o Pai da Sabedoria, é irrefutável!

Estas considerações mostram que nós devemos criar nosso próprio sentido para nossas vidas, independentemente de essas vidas servirem ou não a um propósito maior. Se há ou não vida pos mortem só saberemos após morrermos. Tão óbvio e tão ululante, como diria Nelson Rodrigues. Se nossas vidas têm ou não sentido para nós depende de como as julgamos. A ausência ou presença de algum propósito superior é tão irrelevante quanto a finalidade da morte. A alegação de que nossas vidas são, “em última análise”, inúteis, não faz sentido, porque elas teriam ou não sentido independentemente do que fizéssemos. Questões sobre o sentido da vida são questões sobre valores. Nós atribuímos valores para coisas na vida em vez de descobri-los. Nada tem valor por si só. Nós é que valoramos as coisas. Não pode haver outro sentido na vida senão aquele que criamos para nós mesmos, pois ninguém pode atribuir valores para todas as coisas por nós. 

O que faz nossas vidas terem sentido é acharmos que as atividades que fazemos valem a pena. Nossa determinação para levar adiante projetos que criamos para nós mesmos dá sentido às nossas vidas. Sentimos que a vida é inútil quando a maior parte dos desejos que julgamos importantes é frustrada. Achar nossa vida importante ou não depende de quais objetivos importantes são frustrados. O julgamento que fazemos de nossas vidas nestes pontos é igualmente independente de a vida ser ou não eterna ou de ela fazer ou não parte de um propósito maior. Talvez o segredo de uma vida com sentido seja dar importância a aqueles objetivos que podemos atingir e minimizar aqueles que não podemos, desde que saibamos a diferença entre eles.

(...   .’.   ...) 

Em resumo: "O segredo é saber como morrer." 

Agora sois Mestres Maçons, devidamente investidos das prerrogativas que o grau lhes concede. Doravante podereis votar, ser votado, ocupar cargos, desempenhar funções, etc. Mas já provaram serem preparados para a vida maçônica pelo comprometimento que demonstraram desde suas iniciações.

Comprometer-se é mais que estar envolvido, interessado, obrigado, responsabilizado. É botar paixão no que faz, dar sempre o “algo mais”, se destacar apresentando diferentes soluções, aliando empenho, iniciativa e criatividade. Em suma, é saber dar sentido à vida. E como aprendemos hoje, saber dar sentido à vida é o primeiro passo para se descobrir o segredo de saber como morrer.

Desejo de todo coração que vocês descubram o segredo se saber como morrer. Mas que vossas vidas sejam infinitamente longas, longas o suficiente para descobrirdes.
M.’. M.’. PAngelis
28/11/12

sábado, 22 de setembro de 2012


A BANDEIRA DO MUNICÍPIO DE GUARIBA

1- Síntese Histórica da Criação da Cidade de Guariba e Destaques Fáticos.
Para iniciar o trabalho acerca da Bandeira do Município de Guariba, primeiro, temos que verificar e analisar alguns aspectos históricos da fundação de Guariba, inclusive, como uma forma de homenagear esta Cidade em razão da proximidade da data de seu aniversário e por se tratar do mês de sua comemoração.

Guariba foi fundada em 21 de setembro de 1895, juntamente com a Capela de São Matheus, através do seu co-fundador Raphael da Silva Sobrinho, Bacharel em direito da Faculdade Largo do São Francisco, onde atualmente está situada a Escola Prof. Barros. Ainda colaboraram e atuaram de forma efetiva para a fundação do povoado local, os Ilustres Evaristo Vaz de Arruda, Joaquim Matheus Correa e Victor Manoel de Oliveira, que realizaram doações de terras que perfizeram os quarteirões da imediações da futura Estação de trem.

Esse nome foi estabelecido em razão da grande quantidade de animais da espécie de macacos denominados “Guariba” que habitavam a Região onde o povoado iniciou.
A fundação do povoado visava facilitar o escoamento da produção agrícola da época, cuja cultura predominante era o café, pois havia grandes distâncias entre as cidades predominantes da época, basicamente (Araraquara e Jaboticabal). Contudo, a linha férrea chegou a Guariba advinda do percurso de Araraquara e interligando-se a Jaboticabal.
Guariba prosperava por conta do clima e da terra roxa, produtivos e ideais, para o cultivo agrícola, porém era Distrito de Jaboticabal.

Em 15 de outubro de 1900 foi criada e instalada a Paróquia de São Matheus do Guariba.
Mas, a partir de 1916 iniciou o movimento político de emancipação do então Distrito.
O Governador Dr. Altino Arantes sancionou a Lei nº 1.562 que havia sido decretada pelo Congresso Legislativo, promulgando-a em 06 de novembro de 1917, criando-se o Município de Guariba na Comarca de Jaboticabal. Em 10/04/1918 houve a efetiva instalação do Município.

Adveio o ano de 1929 e consigo a denominada “Crise do Café” que gerou inúmeros prejuízos ao País, a Região e a cidade de Guariba, que tinha como cultura predominante o cultivo do café, tudo por conseqüência da “queda da Bolsa de Nova York”.
Foram tempos difíceis em que imperava a instabilidade financeira e bélica, implicando diretamente no desenvolvimento da Cidade, o que predominou até 1948.
Assim, a partir de 1948 iniciou-se a implantação da nova cultura agrícola na Região e na Cidade, ano em que houve a inauguração da Usina São Martinho. Essa inauguração ocorreu no Dia de São João (junho/1948), com a produção de 50.000 sacos de açúcar. No mesmo ano, 1948, também foi construída a Usina Bonfim. Em 1º de maio de 1961 foi inaugurado o Guaribinha Clube. No ano de 1965 ocorreu a inauguração do Correio.

Cabe ressaltar que, no ano de 1968, em 25 de Novembro foi decretada a criação do Brasão de Armas do Município e a sua respectiva Bandeira, através do Projeto nº 41/68 que se concretizou na Lei nº 415/68, sancionado pelo Prefeito da época Sr. Ernesto de Angelis.

A partir de 1977 passou-se a produção do álcool, projeto do Governo Federal, denominado de Proálcool – Programa Nacional do Álcool, para desenvolvimento de combustível sustentável e para a produção de carros à álcool, tendo em vista os elevados preços dos barris de petróleo.

Aos 15 de maio de 1984 houve um fato marcante para a história do Município, que consistiu na “greve” dos “bóia frias” da cidade de Guariba, que culminou com a conquista de vários direitos dos trabalhadores rurais. Esse fato foi tão marcante para o Município que teve cobertura em rede nacional e internacional, inclusive, pela impressa norte americana.  

Em 17 de maio de 1984 foi assinado um Acordo Coletivo de Trabalho, que foi denominado de “Carta de Guariba”, na qual foram estabelecidos direitos mínimos dos trabalhadores rurais, o qual passou a ser utilizado como parâmetros das relações de trabalho dos trabalhadores do campo na Região e em todo o Território Nacional.

A partir de 15 de novembro de 1988, após a promulgação da Constituição Federal, foram realizadas as eleições, conhecidas também como “Diretas Já”, em que o povo escolhia os seus representantes através do voto.

O primeiro Prefeito empossado após esse período foi o Sr. Paulo Mangolini, que teve como seu vice o Sr. Dario Pimenta Rocha.

Com todos esses anos, Guariba cresceu geográfica, populacional e economicamente, tornando-se a “terra do açúcar e álcool”, sendo conhecida ainda, como a “Cidade Primavera”, pois a data de sua fundação coincide com a proximidade da data de início da estação das flores, “a Primavera” e também com o “Dia da Árvore” (Festa Anual das Árvores).

2- A BANDEIRA DE GUARIBA
A Bandeira do Município de Guariba foi criada em 25 de Novembro de 1968, através do Projeto de Lei nº 41/68, que derivou a Lei nº 415/1968, daquela data, tendo sido sancionada pelo Prefeito Municipal, Exmo. Sr. Ernesto de Angelis.
A criação da Bandeira do Município teve a autoria do Dr. Wallace de Oliveira Guirelli, advogado, heraldista e especialista em medalhística.
(O Heraldista realiza a arte e a ciência de descrever os brasões de armas, descrevendo-o primeiro para depois desenhá-lo, de tal modo que todos os desenhos sejam realizados iguais, sem nenhuma distinção; Assim, a arte de desenhar um brasão se dá o nome de “brasonar”, pois após a leitura das descrições realizadas pelo “heraldista” desenha-se o brasão. A medalhística, consiste no estudo das medalhas).

A Bandeira de Guariba corresponde ao mesmo desenho do Brasão de Armas deste Município, porém a Bandeira possui apenas uma diferença, a qual consiste na sobreposição do Brasão a um retângulo de cor amarelo ouro ou dourada.

Assim, passamos a analisar, em “linguagem comum”, a Bandeira Municipal, cuja idealização está interligada com a história do Município, facilitando a compreensão e os episódios industriais, culturais, religiosos, enfim, aspectos locais que idealizaram a sua criação, conforme veremos a seguir:

2.1- A BANDEIRA
O FUNDO DA COR DE OURO: A Bandeira do Município tem como fundo a cor de ouro, que representa a riqueza da Região, decorrente da sua produção e desenvolvimento, além da sua prosperidade e virtudes (qualidades).

O ESCUDO: O Escudo é chamado de “português antigo” ou “português clássico”, ou ainda, “flamengo ibérico”, pois possui formato retangular na parte posterior e arredondado na parte inferior. Essa forma quadrangular e arredondada decorreu do estilo “Lusitano” utilizado à época dos descobrimentos em “Portugal”, de onde originou, basicamente, Nossa língua, costumes e desenvolvimento.
A cor desse ESCUDO é em “blau”, expressão heráldica, de origem francesa, utilizada para fazer referência a cor azul, cujo significado consiste na “perseverança, dignidade e serenidade”. O escudo é o campo condigno a receber as configurações históricas e topográficas do Município.

FAIXA PRATEADA: O Escudo apresenta no centro uma “faixa ondada diminuta, de prata, aguada do campo”. A faixa é da cor “prateada” porque na heraldica representa a paz, o trabalho, a prosperidade, a amizade, presentes desde os primórdios do Município.
Essa “faixa da cor prata” é “ondada diminuta, aguada do campo”, porque contém pequenas ondas da cor azul igual a superfície do Escudo, pois representam a hidrografia do Município, especialmente, o Rio Mogi Guaçu, que cortava o Município, assim como ao Rio Guariba, cuja nascente é a sede do Município.

PALMEIRA: No interior do Escudo apoiada sobre a faixa prata há uma palmeira cor de ouro. A palmeira refere-se aos vegetais da espécie dos coqueiros.
Na Bandeira do Município foi introduzido, porque simboliza a espécie de plantas “Macaúbas” abundantes na Região e que denominava a Fazenda de propriedade da Sra. D. Constância  Delphina da Conceição, que contribuiu com as suas terras para o início da formação do povoado que, posteriormente, transformou-se no atual Município.

ÂNCORA: Na parte inferior da “faixa prateada” há uma âncora, também na cor de ouro, que simboliza o “Porto Pinheiro”, existente na época, à margem do Rio Mogi Guaçu, e que possibilitava a travessia do Rio de uma margem à outra, através de balsas.

CADEIA DE OURO ROTA: simboliza o episódio Local mais importante, o qual consistiu na emancipação de Guariba em relação a Jaboticabal, elevando-se a Município. 
Essa corrente com “elos partidos” demonstra claramente a independência adquirida pelo Município com a sua emancipação.
A cor de ouro da Palmeira, da âncora e da “cadeia rota” tem por objetivo a harmonia, a estética e a beleza da combinação entre a cor de ouro e o azul do escudo. Essa combinação representa a riqueza, a grandeza, a virtude e o poder da cidade.

OS SUPORTES: O Escudo é sustentado por dois suportes, um à destra e outra à sinistra, ou seja, um à direita e outra à esquerda, ambos compostos por um ramo de café frutificado, acompanhado por uma haste de cana, ambos na sua cor, passados em aspas nas pontas, representando assim, as culturas predominantes no Município, primeiro o café, e, atualmente, a cana-de-açúcar. A expressão “passados em aspas na ponta”, significa entrelaçados na ponta abaixo do Escudo.

AS TORRES PRATEADAS: Sobre o Escudo encontram-se as “torres prateadas”, contendo cada qual a sua porta. São ao todo oito torres, das quais são visíveis três torres inteiras e duas pela metade, haja vista que representam “A COROA”, que é de caráter circular e situa as outras três torres na sua parte traseira. Essas torres possuem “denteadas entre si” reentrâncias da muralha, que eram utilizadas pelos soldados para disparos bélicos.
A Torre Central possui um escudete da cor “blau” (azul) acima da sua porta, o que representa o elemento religioso. Esse “escudo pequeno” contém um “rolo de papiro da cor prata, desenrolado, carregado de uma pena de sable”, ou seja, sobre o papiro há uma pena de escrever na cor preta. Esse rolo de papiro tem como atributo a iconografia cristã (arte da pintura dos ícones religiosos), sendo um atributo ao padroeiro do Município, São Mateus Evangelista. 

OS TRILHOS: Ainda na parte inferior do Escudo, verifica-se os “trilhos da estrada de ferro”, cujo símbolo resulta dos trens e das suas estradas que foram instalados pela Companhia Paulista de Ferro, no ano de 1892, às Margens do Rio Guariba, aproximando as cidades da Região (inclusive, Jaboticabal e Araraquara), o que culminou na criação do povoado que derivou o Município de Guariba.

O LISTEL: Há, concomitantemente, à “estrada de ferro” “UM LISTEL”, na cor azul (blau), da mesma cor do escudo, contendo a denominada “divisa” na cor prata, que corresponde ao “escrito”. Esse listel é na cor azul e prata, pois tem que harmonizar-se com o Escudo.
A DIVISA, isto é, o escrito foi realizado em “latim”, referindo-se a “língua mãe”, dando-lhe universalidade e eternidade, de modo a dificultar a sua modificação e a perda do ideal.

“PROPOSITUM CONDITORUM NON DEFUIT”, que significa “O IDEAL DOS FUNDADORES NÃO ESMORECEU”, portanto, expressa o ideal do povo de Guariba.

3- CONCLUSÕES:
CONCLUSÃO: A criação de Guariba teve como principal causa a diminuição da distância entre as cidades de Araraquara e Jaboticabal e o desenvolvimento do interior da Região, de modo a aumentar a sua capacidade produtiva e econômica. Por isso, devemos fazer por Guariba o melhor Local para viver, com qualidade de vida, trabalho, lazer, paz, fraternidade e justiça, sem jamais “esmorecer os ideais da sua fundação”, que sempre foram o crescimento e o desenvolvimento, através da riqueza produzida pela sua terra, possibilitando aos seus “urbes” a dignidade humana. 

Trabalho de
Fernando Scuarcina
21 de Setembro de 2012.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Passos que Salvam


Hospital de Câncer de Barretos conta com Guariba

O Hospital de Câncer de Barretos lançou ontem (13) no anfiteatro do Hospital Regional de Guariba, o projeto Passos que Salvam. Trata-se de uma caminhada, na qual para participar as pessoas compram uma camiseta e um squeeze no valor de R$ 20,00. A renda será revertida para o HC. O evento acontece no dia 25 de novembro, tem como objetivo uma caminhada que acontecerá em mais de 20 cidades da região. O projeto lança  a Conscientização para prevenção precoce do câncer infanto-juvenil. A meta é arrecadar fundos para construção de uma sala de cirurgia moderna no hospital infantil.

Hoje o Hospital de Câncer Infanto-Juvenil é uma realidade. Tem 27 leitos, ambulatório, salas de infusão separadas por faixa etária, atendimento 24 horas, laboratórios de emergência. Uma quimioteca que une clínico a atividades de recreação e cultura conforme a possibilidade de cada paciente.

A unidade tem também um centro de entretenimento, anfiteatro, casa da cultura e brinquedoteca. A Casa da Cultura terá sete projetos diferentes destinados aos pacientes e acompanhantes, com oficinas de música, dança, teatro, fotografia, informática, entre outros. 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

É verdade que o Maçom mata ?

Esta semana fui procurado por um funcionário ( não posso dizer repórter, pois o mesmo não era imparcial ) de uma entidade religiosa que gostaria de me fazer algumas perguntas para o jornal institucional. Sabendo que não somos bem vistos pelos membros desse segmento cristão, aceitei de pronto o encontro, afinal era uma oportunidade de desmistificar. Clima amistoso, perguntas básicas, até que começou o jogo de palavras visando descobrir “os segredos” e se realmente o demônio faz parte da Maçonaria. Tudo simples de responder, até que influenciados pela noticia do assassino norueguês, veio a pergunta final:
- É verdade que o Maçom mata?
Na hora o sangue subiu, pois estou incomodado pelas manifestações e difusão da noticia por verdadeiros Irmãos Maçons. Respirei fundo e respondi:
- SIM, É VERDADE, O LEGÍTIMO MAÇOM MATA!
Vocês precisavam ver o brilho nos olhos e o movimento de acomodação nas cadeiras dos interlocutores. Continuei:
- O Maçom Alexander Fleming ao descobrir a penicilina matou e ainda mata milhões de bactérias, mas permite que a vida continue para muitos seres humanos.
- O Maçom Charles Chaplin com a poderosa arma da interpretação e sem ser ouvido, matou tanta tristeza, fez e ainda faz nascer o sorriso da criança ao idoso.
- O Maçom Henri Dunant ao fundar a Cruz Vermelha matou muita dor e abandono nos campos de guerra.
- O Maçom Wolfgang Amadeus Mozart em suas mais de 600 obras louvou a vida.
- O Maçom Antonio Bento foi um grande abolicionista que junto com outros Maçons, além da liberdade, permitiram a continuidade da vida a muitos escravos.
- O Padre Feijó, o Frade Carmelita Arruda Câmara e o Bispo Azeredo Coutinho embasados nas Sagradas Escrituras e como legítimos Maçons desenvolveram o trabalho sério de evangelização e quem sabe assim mataram muitos demônios.
- O Maçom Baden Powell ao fundar o Escotismo pregava a morte da deslealdade, da irresponsabilidade e do desrespeito.
- O Maçom Billy Graham foi o maior pregador Batista norte-americano e com seu trabalho matou muita aflição e desespero. Inclusive há no Brasil um movimento chamado MEB – Maçons Evangélicos do Brasil.
- Mas o Maçom não só mata, ele também é morto. Por conta dos valores de liberdade, igualdade e principalmente fraternidade, mais de 400 mil Maçons, juntamente com judeus foram mortos nos campos de concentração.
- Também sofremos muita perseguição aqui no Brasil, quando imigrantes europeus que professavam religiões diferentes ao Catolicismo, não podiam construir seus templos e os Maçons ajudaram. Querem um segredo? Muitos cultos protestantes ocorreram dentro de Lojas Maçônicas, afinal o Maçom combate a falta de liberdade religiosa.
- O legítimo Maçom não é o homem que entrou para a Maçonaria, mas aquele que a Maçonaria entrou dentro dele.
- Houve e há Maçons em todos os seguimentos da sociedade e todos com o mesmo propósito; fazer nascer uma nova sociedade, mais justa e perfeita, lógico sem esquecer que o MAÇOM MATA, principalmente o preconceito.
- E vamos vivendo sempre recordando o ensinamento de Mateus 7.1-2 “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós.”

Sérgio Quirino Guimarães
Loja Presidente Roosevelt - 025
Belo Horizonte - Minas Gerais

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


MAÇONS - QUE GENTE ESTRANHA É ESSA ?

É gente de conteúdo interno que transcende a compreensão medíocre, simplória. É gente que tem idealismo na alma e no coração, que traz nos olhos a luz do amanhecer e a serenidade do acaso.
Que tem os dois pés no chão da realidade. É gente que ri, chora, se emociona com uma simples carta, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de  carinho, um abraço, um afago.
É gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais, admira paisagens, escuta o som dos ventos. É gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternura, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si.
É gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam.
Gente que semeia, colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.
É gente muito estranha os Maçons!
Gente de coração desarmado, sem ódio, sem preconceitos baratos ou picuinhas. Gente que fala com plantas e bichos, dança na chuva e alegra-se com o sol.
Eh!! Gente estranha esses Maçons.
Falam de amor com os olhos iluminados como par de lua cheia. Gente que erra e reconhece. Gente que ao cair, se levanta, com a mesma energia das grandes marés, que vão e voltam.
Apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentores suas lágrimas e sofrimentos. Amam como missão sagrada e distribuem amor com a mesma serenidade que distribuem pão.
Coragem é sinônimo de vida, seguem em busca dos seus sonhos, independentes das agruras do caminho. Essa gente, vê o passado como referencial, o presente como luz e o futuro como meta.
São estranhos os Maçons!
Cultuam e estudam as Sagradas Tradições como formas de perpetuar as leis que regem o Universo, passam de geração para geração a fonte renovadora da sabedoria milenar.
São fortes e valentes, e ao mesmo tempo humildes e serenos.
Com a mesma habilidade que manuseiam livros codificados de sabedoria, o fazem com panelas, objetos e outros artefatos.
São aventureiros e ao mesmo tempo criam raízes, inventam o que precisa ser inventado. Fazem suas próprias histórias.
Falam de generosidade em exercício constante.
Ajudam os necessitados com sigilo e discrição.
Conduzem a prática desinteressada e oculta da caridade e do amor ao próximo.
Interessante essa gente, esses Maçons!
Obrigam-se nas tarefas, de estudar a Arte Real, de evoluir, de amar e dividir.
Partilham da mesa do rei e de um amigo menos abastado com mesmo sorriso enigmático de prazer e sabedoria que iluminava a face de seus ancestrais.
Degustam um pão feito em casa, com a mesma satisfação que o fazem em um banquete cinco estrelas. Amam em esteiras e em grandes suítes, desde que estejam felizes, pois ser feliz e levar felicidade, é sempre a única condição dessa gente estranha.
É gente que compra briga pela criança abandonada, pelo velho carente, pelo homem miserável, pela falta de respeito humano.
É gente que fica horas olhando as estrelas, tentando decifrar seus mistérios, e sempre conseguem!
Agradecem pelas oportunidades que a vida lhes dá.
Aliás, essa gente estranha agradece por tudo, até pela dor, que tratam como experiência.
Reúnem-se em Escolas Iniciáticas que chamam de Lojas, para mutuamente se bastarem, se protegerem, se resguardarem, para resgatar valores, e estudar muito.
Interessantes são os Maçons!!!
Mas interessante mesmo é a fé que os mantêm vivificados ao longo de tantos anos!
Abençoada essa estranha gente!
É dessa estranha gente, que o Grande Arquiteto do Universo precisa para o terceiro milênio.


Ir.´. Reinaldo Amadeu
ARLS Acácia de Apiaí/SP

segunda-feira, 23 de julho de 2012


Texto de Fernando Pessoa sobre a Maçônaria ! 


Este é um trecho do artigo que Fernando Pessoa publicou noDiário de Lisboa, no 4.388 de 4 de fevereiro de 1935, contra o projeto de lei, do deputado José Cabral, proibindo o funcionamento das associações secretas, sejam quais forem os seus fins e organização.
A Maçonaria compõe-se de três elementos: o elemento iniciático, pelo qual é secreta; o elemento fraternal; e o elemento a que chamarei humano – isto é, o que resulta de ela ser composta por diversas espécies de homens, de diferentes graus de inteligência e cultura, e o que resulta de ela existir em muitos países, sujeita portanto a diversas circunstâncias de meio e de momento histórico, perante as quais, de país para país e de época para época reage, quanto à atitude social, diferentemente.
Nos primeiros dois elementos, onde reside essencialmente o espírito maçônico, a Ordem é a mesma sempre e em todo o mundo. No terceiro, a Maçonaria – como aliás qualquer instituição humana, secreta ou não – apresenta diferentes aspectos, conforme a mentalidade de Maçons individuais, e conforme circunstâncias de meio e momento histórico, de que ela não tem culpa.
Neste terceiro ponto de vista, toda a Maçonaria gira, porém, em torno de uma só idéia – a "tolerância"; isto é, o não impor a alguém dogma nenhum, deixando-o pensar como entender. Por isso a Maçonaria não tem uma doutrina. Tudo quanto se chama "doutrina maçônica" são opiniões individuais de Maçons, quer sobre a Ordem em si mesma, quer sobre as suas relações com o mundo profano. São divertidíssimas: vão desde o panteísmo naturalista de Oswald Wirth até ao misticismo cristão de Arthur Edward Waite, ambos tentando converter em doutrina o espírito da Ordem. As suas afirmações, porém, são simplesmente suas; a Maçonaria nada tem com elas. Ora o primeiro erro dos Antimaçons consiste em tentar definir o espírito maçônico em geral pelas afirmações de Maçons particulares, escolhidas ordinariamente com grande má fé.
O segundo erro dos Antimaçons consiste em não querer ver que a Maçonaria, unida espiritualmente, está materialmente dividida, como já expliquei. A sua ação social varia de país para país, de momento histórico para momento histórico, em função das circunstâncias do meio e da época, que afetam a Maçonaria como afetam toda a gente. A sua ação social varia, dentro do mesmo país, de Obediência para Obediência, onde houver mais que uma, em virtude de divergências doutrinárias – as que provocaram a formação dessas Obediências distintas, pois, a haver entre elas acordo em tudo, estariam unidas. Segue daqui que nenhum ato político ocasional de nenhuma Obediência pode ser levado à conta da Maçonaria em geral, ou até dessa Obediência particular, pois pode provir, como em geral provém, de circunstâncias políticas de momento, que a Maçonaria não criou.
Resulta de tudo isto que todas as campanhas antimaçônicas – baseadas nesta dupla confusão do particular com o geral e do ocasional com o permanente – estão absolutamente erradas, e que nada até hoje se provou em desabono da Maçonaria. Por esse critério – o de avaliar uma instituição pelos seus atos ocasionais porventura infelizes, ou um homem por seus lapsos ou erros ocasionais – que haveria neste mundo senão abominação? Quer o Sr. José Cabral que se avaliem os papas por Rodrigo Bórgia, assassino e incestuoso? Quer que se considere a Igreja de Roma perfeitamente definida em seu íntimo espírito pelas torturas dos Inquisidores (provenientes de um uso profano do tempo) ou pelos massacres dos albigenses e dos piemonteses? E contudo com muito mais razão se o poderia fazer, pois essas crueldades foram feitas com ordem ou com consentimento dos papas, obrigando assim, espiritualmente, a Igreja inteira.
Sejamos, ao menos, justos. Se debitamos à Maçonaria em geral todos aqueles casos particulares, ponhamos-lhe a crédito, em contrapartida, os benefícios que dela temos recebido em iguais condições. Beijem-lhe os jesuítas as mãos, por lhes ter sido dado acolhimento e liberdade na Prússia, no século dezoito – quando expulsos de toda a parte, os repudiava o próprio Papa – pelo Maçom Frederico II. Agradeçamos-lhe a vitória de Waterloo, pois que Wellinton e Blucher eram ambos Maçons. Sejamos-lhe gratos por ter sido ela quem criou a base onde veio a assentar a futura vitória dos Aliados – a "Entente Cordiale", obra do Maçom Eduardo VII. Nem esqueçamos, finalmente, que devemos à Maçonaria a maior obra da literatura moderna – o "Fausto" do Maçom Goeth.
Acabei de vez. Deixe o Sr. José Cabral a Maçonaria aos Maçons e aos que, embora o não sejam, viram, ainda que noutro Templo, a mesma Luz. Deixe a Antimaçonaria àqueles Antimaçons que são os legítimos descendentes intelectuais do célebre pregador que descobriu que Herodes e Pilatos eram Vigilantes de uma Loja de Jerusalém.
Fernando Pessoa

terça-feira, 1 de maio de 2012


Uma Relíquia!! 




Balaústre nº 67

Aos 18 dias do mês de setembro de 1835 E.’. V.’. e 5835 V.’. L.’., reunidos em sua sede, sito à Rua da Igreja, nº 67, em lugar Claríssimo, Forte e Terrível aos tiranos, situado abaixo da abóbada celeste do Zenith, aos 30º sul e 5º de latitude da América Brasileira, ao Vale de Porto Alegre, Província de São Pedro do Rio Grande, dependências do Gabinete de Leituras, onde, neste momento, funciona a  Loj.’. Maç .’. Philantropia e Liberdade, com o fim de, especificamente, traçarem as metas finais para o início do movimento revolucionário, com que seus integrantes pretendem resgatar os brios, os direitos e a dignidade do povo Riograndense, se reuniram IIr.’. da LOJA.

A sessão foi aberta pelo Ven .’. Mestre, Ir.’. Bento Gonçalves da Silva. Registre-se, a bem da verdade, ainda as presenças de nossos IIr.’. José Mariano de Mattos, nosso ex - Ven .’. , Ir.’. José Gomes de Vasconcellos Jardim,  Ir.’. Pedro Boticário, Ir.’. Vicente da Fontoura, Ir.’. Paulino da Fontoura, Ir.’. Antônio de Souza Neto e deste Ir.’. Domingos José de Almeida, que serviu como Secretário, lavrando o presente Balaústre.

Logo de início, o Ven .’. Mestre, depois de tecer breves considerações sobre os motivos da presente reunião, de caráter extraordinário, informou que o nosso movimento revolucionário estava prestes a ser desencadeado. A data escolhida, é dia vinte de setembro do corrente, isto é, depois de amanhã. Nesta data, todos nós, em nome do nosso Rio Grande do Sul, nos levantaremos em luta contra o imperialismo que reina no País.
Na ocasião, ficou acertada a tomada da Capital da Província pelas tropas dos IIr.’. Vasconcellos Jardim e Onofre Pires, que deverão se deslocar desde a localidade de Pedras Brancas, quando avisados. Tanto o Ir.’. Vasconcellos Jardim como o Ir.’. Onofre Pires, ao serem informados, responderam que estariam a postos, aguardando o momento para agirem. Também se fez ouvir o nobre Ir.’. Vicente da Fontoura, o qual sugeriu que tomássemos o máximo cuidado, pois que, certamente, Braga, o Presidente da Província, seria avisado do nosso movimento.

O Tronco de Beneficência fez a sua circulação e rendeu a medalha cunhada de 421$000, contados pelo Ir.’. Tes.’. Pedro Boticário. Por proposição do Ir.’. José Mariano Mattos, o Tronco de Beneficência foi destinado à compra de uma Carta da Alforria de um escravo de meia idade,no valor de 350$000, proposta aceita por unanimidade.

Foi depois realizada uma poderosa Cadeia de União, pela justiça e grandeza da causa, pois em nome do povo Riograndense, lutaríamos pela Liberdade, Igualdade e Humanidade, pedindo a força e proteção do G.’. A.’. D.’. U.’. para todos os IIr.’. e aos seus companheiros, que iriam participar das contendas. Já eram altas horas da madrugada quando os trabalhos foram encerrados, afirmando o Ven.’. Mestre que todos deveriam confiar  nas LL .’. do G.’. A.’. D.’. U.’. e depois, como ninguém mais quisesse fazer uso da palavra, foram encerrados nossos trabalhos, do que eu, Ir.’. Domingos José de Almeida, como Secretário, tracei o presente Balaústre, a fim de que nossa História, através dos tempos, possa registrar que um grupo de maçons, homens “livres e de bons costumes”, empenhou-se com o risco da sua própria vida, para restabelecer o reconhecimento dos direitos desta abençoada terra, berço de grandes homens, localizada no extremo sul de nossa querida Pátria.

Oriente de Porto Alegre, aos dezoito dias do mês de setembro de 1835 da E.’. V.’., 18º dia do sexto mês, Tirsi, da V.’. L.’. do ano de 5835.

Ir .’. Domingos José de Almeida
Secretário


OBSERVAÇÕES  MINHAS:  

Realmente, como previa aquela  ata da Loja “Philantropia e Liberdade”,  uma grande Revolução, (conhecida depois como “Farroupilha”), eclodiria 2 dias depois da reunião da Loja , em 20 de Setembro de 1835. O Ven:. Mestre da Loja, Ir:. Bento Gonçalves da Silva, foi o líder inconteste do movimento, de caráter federalista e republicano que durou 10 longos anos, deixando todos os combatentes em “farrapos”. Foi um verdadeiro drama no qual figuras históricas de primeira grandeza foram protagonistas, como por exemplo  o Ir.’. italiano Giuseppe Garibaldi e o Ir.’. Duque de Caxias (este do lado do Império).

No período da Regência os gaúchos estavam divididos, irreconciliáveis, Conservadores (chimangos) de um lado e Liberais (maragatos) de outro lado; estes, com um maior apoio nas camadas populares – daí, também,  derivou o nome da Revolução “ Farrapos”  -  que foi feita, principalmente por motivos econômicos, contra a pesada taxação que caía sobre o charque e o couro do Rio Grande do Sul.

Bento Gonçalves, Presidente da Província,  havia sido chamado à Corte.  Denunciado como rebelde e acusado de promover a separação da Província do Rio Grande do resto do Brasil, defendeu-se com brilhantismo e voltou em triunfo ao Rio Grande, mas ainda assim, ele foi destituído pelos Conservadores, o que foi a causa imediata da Revolução.

A Revolução Farroupilha, ou Guerra dos Farrapos, foi uma das páginas mais fabulosas da História do Brasil, cheia de acontecimentos maçônicos, que  merecem ser contados.
Terminou após 10 (dez)  anos de luta intensa, um verdadeiro fratricídi . E pasmem... ao final, na hora da rendição dos gaúchos, atuou em nome do Império Central do Brasil, o nosso Irmão Duque de Caxias: 2 maçons assinaram a paz Duque de Caxias de um lado e Bento Gonçalves do outro lado. Não foi rendição incondicional!!... algumas  condições foram negociadas, por exemplo: na bandeira do Rio Grande do Sul -  até hoje!! – está lá escrito :  ”República do Piratini – Liberdade, Igualdade e Humanidade – 1835”.
  

Ir.’. Artur O. T. Costa
Piracicaba  / SP
SETº / 2003


REFERÊNCIA  BIBLIOGRAFICA:  a íntegra deste Balaustre, (Ata), foi publicada na Revista Maçônica “Engenho & Arte” nº  3/99, página 96.

Maçonaria Historia no Brasil

quinta-feira, 15 de março de 2012


O Dia do Maçom

A escolha do dia 20 de agosto, como o dia Nacional do Maçom, deveu-se a um grande acontecimento histórico no Brasil, a Proclamação da Independência. Ocorre que não há consenso entre os historiadores, sobre a real data do fato, pois naquela época, as atas maçônica utilizavam outros calendários .
Não entraremos aqui na questão sobre qual o verdadeiro dia do maçom no Brasil, posto que isso trouxesse apenas um acerto de datas, quando muito. E a data que nos interessa, neste momento, é aquela que permite a existência de um dia dedicado, ao Maçom, não importando para sua comemoração se ele está situado no início ou no fim do calendário ou no fim ou no início de um determinado mês. Sabemos de duas versões que circulam na Maçonaria Brasileira. A oficial, que é a que hoje comemoramos: 20 DE AGOSTO; e a versão de vários historiadores maçônicos e não-maçônicos, que variam entre 9 e 12 de setembro. Deixemo-las aos historiadores. O que Importa e que Em 20 de agosto de 1822, foi convocada uma reunião extraordinária do Grande Oriente do Brasil por Joaquim Gonçalves Ledo, face à ausência de José Bonifácio, Grão-Mestre que se encontrava viajando. Gonçalves Ledo seu substituto hierárquico na maçonaria brasileira, profere um eloqüente discurso, expondo aos maçons presentes, a necessidade de ser imediatamente proclamada a independência do Brasil. A proposta foi votada e aprovada por todos os presentes. A cópia da ata dessa reunião foi encaminhada a D. Pedro I que se encontrava também viajando e, recebeu tal decisão às margens do riacho do Ipiranga em 7 de setembro, ocasião que o Imperador proclamou a independência do Brasil por encontrar respaldo e mesmo determinação da maçonaria brasileira. 20 de agosto foi escolhido para ser o dia do maçom no Brasil, porque nessa data que realmente a nação se tornou independente, por força e decisão da maçonaria. Esta data consta do art.179 da constituição do Grande Oriente do Brasil e do art. 275 do Regulamento, ordenando a comemoração da data no dia 20 de agosto.
É importante salientar, que o Dia Internacional do Maçom, é comemorado do dia 22 de fevereiro. Pois Entre o dia 20 a 22 de fevereiro de 1.994, em Washington, capital dos Estados Unidos, realizou-se a Reunião Anual dos Grãos-Mestres das Grandes Lojas da América do Norte, com a presença das Obediências Grande Loja da Inglaterra, Grande Loja Nacional Francesa, Grande Loja Regular de Portugal, Grande Oriente da Itália, e o Grande Oriente do Brasil entre outras. Esta data foi escolhida, pois exatamente neste dia, comemora-se nos Estados Unidos, o aniversário de GEORGE WASHINGTON.
Ou seja, tanto o dia nacional como o internacional do Maçom, estão intimamente ligado a proclamação da Independência de estado americanos. Sem dúvida os maiores feitos da maçonaria estão ligados a Independência, Soberania e Liberdade; conceitos hoje compreendido por todos nós, mas não foi sempre assim, no passado eram considerado Ideais.
“É sempre pelo Ideal e só pelo ideal, que nós nos dedicamos. Os homens sacrificam-se por visões, mas, o que hoje o vulgo desdenha como ilusões, são as certezas do amanhã”.
“Sabemos que a maçonaria tem responsabilidade e deveres para com a sociedade, e para com a Humanidade e necessidade de progredir, e assim assiste-lhe o direito de exigir dos seus iniciados o cumprimento de sérios deveres e enormes sacrifícios. “
A Maçonaria resume ao tópico central de sua missão, quando encara o homem como fonte inesgotável de sabedoria, imbuído da vontade férrea de atingir seus objetivos, mesmo com o sacrifício da própria vida, e obtém do passado, os ensinamentos e estímulos, e através dos rituais, símbolos e alegorias, lhe são transferidos os supremos princípios de Liberdade, Fraternidade e Igualdade. Condena a exploração do Homem, e o Fanatismo, Combate a ignorância, defende a liberdade de expressão, defende a instituição da Família e da Pátria, busca o aperfeiçoamento individual do maçom, através da espiritualidade, levando-o a uma reforma intima, na busca incessante pelo aperfeiçoamento das idéias e por sua satisfação pessoal, profissional e material. Desde os primórdios da humanidade o homem procura a sua satisfação espiritual, como elemento essencial ao seu bem-estar, ao lazer, ao entretenimento, ao trabalho, enfim, à sua afirmação no meio social.
Para que a História se torne uma ciência respeitada, as tradições vagas e sem nexo não lhe bastam. Precisa de fatos verificados, observados, classificados e bem descritos, Abolição da Escravatura, a Independência do Brasil, a Proclamação da Republica, entre outras, são exemplos da atuação da Maçonaria nas causas sociais, tantas empreitadas marcaram as vidas de nossos antepassados, tantas historias encontramos em nossas atas, alias a melhor e mais confiável fonte histórica. Dezenas, quem sabe milhares de Irmãos tiveram as suas vidas ceifadas lutando por uma causa nobre, a de difundir, de propagar ao universo os fundamentos da notável Instituição Maçônica.
Ao se propor a enfrentar um desafio, como trabalhadores de ofício social, os maçons têm em seus alicerces uma história de luta, sacrifício, dissabor, incompreensão, censura de governos déspotas, da igreja de outrora , e de alguns de seus setores retrógrados de hoje, e principalmente da rede interna de intrigas urdidas, uns contra os outros, provocado por vaidades ou ânsia de poder, que inevitavelmente resulta na divisão do todo.
A Maçonaria não foi feita para os fracos e acomodados, nossa ordem sempre ocupou lugar de destaque nos principais eventos que mudaram o rumo da humanidade. E não podemos nos conformar com menos. Cada Maçom foi cuidadosamente escolhido pelos seus méritos na vida profana, pelas suas qualidades e virtudes que o destacaram em nossa sociedade, talvez essa Impetuosidade natas entre os maçons, explique essas divisões e cisões absurdas que houveram no passado recente, talvez, a falta de objetivos sérios, nos tenham levado a essa situação;
Ouçam atentamente esta frase: “Quando homens de fibra não lutam por um objetivo comum, acabam lutando entre si”. .'. .'. .'.
Contudo, o importante é que permanece a Maçonaria como instituição séria, respeitada, admirada e consagrada como uma sociedade secreta, na qual se pratica o bem sem olhar a quem, forjam-se masmorras ao vício, nutre-se o ideal de melhor servir à humanidade. É onde se pratica filantropia na última acepção da palavra.
Ouvi-se toda a noite o clamor de um Venerável:
“Ó Grande Arquito Do Universo, fonte fecunda de Luz, de Felicidade e Virtude, os Obreiros da Arte Real, cedendo aos movimentos de seus corações, Te rendem mil graças e reconhecem que a Ti é devido todo o bem que fizeram. Continua a nos prodigalizar os Teus benefícios e aumentar a nossa força, enriquecendo as nossas colunas com obreiros uteis e dedicados, Concede-nos o auxilio de Tuas Luzes e dirige os nossos trabalhos a perfeição. Concede que a Paz, a Harmonia e a Concórdia sejam a Tríplice argamassa com que se ligam as nossas obras.”
No dia em que se comemora o Dia do Maçom, rogamos que essa Tríplice argamassa seja usada de sobremaneira entre nós, e continue levando à compreensão de todos os homens livres e conscientes. Afinal, ser maçom é um estado de espírito, é viver em paz com sua consciência, é, essencialmente, praticar o bem à humanidade, palavra de ordem, de todo bom e verdadeiro Maçom.

Trabalho lido em 17 de agosto de 2011.
Roberto.

terça-feira, 13 de março de 2012




Tenho observado nos últimos tempos a quantidade de ações sociais, que por trás da Bandeira do “Politicamente Correto”, interferem no estado de direito e no principio básico da Democrácia, em que todos são Iguais perante a lei.
Essas ações inicialmente isoladas, por motivos justos e legítimos, vêm salpicando aqui e no exterior e deveriam visar somente coisas positivas e avanços para a sociedade. Mas, ao contrário, a radicalização dessas posturas do "politicamente correto", está se configurando origens de disputas e desentendimento onde antes não havia:
Exemplos: Sistema de Cotas que tem gerado atos de Racismo nas Faculdades ; questionamentos sobre a Bolsa Cadeia, Lei-Seca, Lei Anti-fumo, Lei Maria da Penha, Cadeirinha para Crianças em Automóveis, Lei ambiental, campanha de desarmamento e outras inúmeras bandeiras que por trazer o slogan do “Politicamente Correto”, Só faz crescer o Custo Brasil por conta das exigências que se faz para a adequações a prédios públicos e comerciais, Essas Imposições “nos” são colocadas muitas vezes de maneira arbitraria através de Normas/Portarias, que passam a ter mais valor do que leis, que através de uma canetada, passa a interferir de sobre maneira a vida de todos nós; quem discutiu esses assuntos?? com que autoridade eles o fazem?? O que acontece se desobedecermos? Vamos Presos? Pagamos Multas? Pagamos Fiança? É assim mesmo??? Isso é Democracia??? Qual a voz da maioria???
Defesa da ecologia, proteção aos animais, segurança publica, Saúde publica, inclusão social (portadores deficiência, menor carente, defesa das minorias, povo indigena). Tudo bem. Excelentes bandeiras. Temos que avançar nessas searas, com certeza muito há que se fazer, e muito pode ser feito. Mas líderes de ONgs, organizações sociais, empresas privadas e políticos interessados somente em explorar essas bandeiras, com fins eleitoreiros e ideológicos, estão turbinando esses processos, gerando excessos e ataque velado os direitos da outras parcelas da sociedade.
Então, estão fazendo algo bonito de se ver e ouvir falar, mas que na verdade se trata de uma faca de dois gumes, pois passa a delegar ao estado a condição de Tutor do cidadão, cabendo a ele Estado o direito se decidir o que é bom ou não para o individuo, fumar, beber, usar de cinto de segurança, o usar de capacete, cadeirinha para criança, e etc. Deixa de ser uma opção individual, com a correlata responsabilidade! E passa ser interesse da coletividade, não questiono se cada decisão é boa ou ruim, apenas que temos o direto de decidir!!!
Enxergar o erro do ato “politicamente correto”, entretanto, é fácil se imediatamente forem feitas perguntas equilibradas, a cada movimento e ação social. Não com o fim de deslegitimá-la, mas com o fim de compreendê-la, entender as consequências do ato social politicamente correto e ver quais seriam os limites admissíveis a este ato, para que ele acrescente á sociedade, atinja seu objetivo, sem atacar outros direitos ou criar uma animosidade social desnecessária que prejudique a realização plena de seus objetivos em sociedade.
A falta de atenção a essa questão pode implantar uma ditadura do "politicamente correto", em que as pessoas envolvidas no movimento passem a entender que possuem direitos ilimitados, prejudicando a si e à sociedade.
A grande questão não está no que vemos!!! e sim no que não vemos!!! Existe um grande interesse escuso por trás de tudo isso, É muito importante atentar para o politicamente correto a para as minorias, pois elas são o ponto da manipulação ideológica no mundo moderno, é uma guerra dissimulada que poucos percebem, principalmente as ligações entre as ‘minorias’ organizadas e ideologia desejada.
Considero esse assunto de suma importância, pois o conceito de igualdade está sendo jogado no lixo no direito brasileiro (e no mundo) em prol da agenda manipulativa do “politicamente correto”. Não é mais segredo que o discurso há muito engendrado pela Esquerda no mundo inteiro na defesa das tidas ‘minorias’ não passa de pura retórica e que o mesmo é inegavelmente hipócrita.
Hoje já podemos ver no que deu, décadas de manipulação demagógica dos chamados "movimentos sociais". Há tempos, descobriu-se que não é mais possível fazer a tão sonhada "revolução socialista” por meio da luta armada que nos anos 60 e 70 redundaram em total fracasso. Restou a seus remanescentes, muitos dos quais entrincheirados nas universidades e nas redações dos jornais, encontrarem outro rumo, buscando "ocupar espaços", segundo os ensinamentos do verdadeiro mentor por trás desta nova revolução em busca do Poder.{{{ Antônio Gramsci. (**Poder Absoluto Ditatorial)}}}
Sobretudo a partir do final dos anos 60, a ideia de que o "proletariado" faria a revolução cedeu lugar gradualmente a outros setores, as os “Movimentos de Classes” e as "minorias", e a ideia da tomada do poder político pela força daria lugar cada vez mais à ideia da "mudança comportamental" e “Engenharia Social” da “Subversão” como o passo para a conquista da "hegemonia" moral e ideológica. Daí a ascensão dos chamados "movimentos sociais" e do discurso politicamente correto, hoje hegemônico nos chamados setores "pensantes" da sociedade.
No caso nacional a fundação de partidos políticos de apoio a ideologia Socialista e Comunista dos anos 80 acabou reunindo um amálgama de setores de esquerda, que ia de sindicalistas a padres católicos, foi um marco nesse processo. Aproprio-me de uma frase de Júlio César para ilustrar bem esse plano de poder: “Dividir para conquistar”. Foi essa tática que garantiu o sucesso do então general em sua campanha contra as tribos celtas da Gália. Mesmo em menor numero e em terra estrangeira, habilmente teceu alianças dividindo as tribos e enfraquecendo o seu poder. Quando os líderes celtas perceberam o estratagema já era tarde demais!!! A sociedade brasileira e o os países latino- americanos, hoje faz o papel das tribos Celtas da Gália do passado.
Para essa Ideologia, somente os "movimentos" importam. Para ela, os indivíduos, em suas singularidades, não existem. A pessoa só vale alguma coisa se fizer parte de algum "movimento", de preferência organizado e controlado, enfim, um militante. Como características individuais, a cor da pele ou a preferência sexual só têm algum valor, para os partidos de esquerda, se vierem acompanhadas de um discurso político, de uma bandeira política. Dessa forma, o sujeito deixa de ser indivíduo, perde o nome, a identidade, e se torna um membro do "coletivo". Deixam de ter opiniões, apenas slogans e palavras de ordem. Passa, enfim, a ser uma "não pessoa", um militante, um companheiro, sendo reconhecido não pelo nome, mas pelo "movimento" a que pertence - é o "afrodescendente", o "indígena", o "gay ", a "mulher (Maria da Penha)", etc.
O militante nada mais é do que um membro de um grupo, que passa a ter um ego coletivo, perde a sua individualidade e passa a ser um ‘negro profissional’, ‘uma mulher profissional’ ou um ‘gay profissional’. Sua vida é pautada nisso. Aspectos que deveriam restringir-se à esfera puramente pessoal - como a opção sexual - acabam sendo, assim, politizados, tornando-se Bandeiras e rótulos políticos.
Estes discursos angariam simpatizantes, defensores e soldados, pois trabalham com ego, com a inveja e com a transferência de responsabilidade. Infantilizam o indivíduo, ao mesmo tempo em que tiram suas reponsabilidade enquanto oferecem soluções mágicas e fáceis.
Neste momento ocorre a inversão de valores, O direito de expressar sua opinião sobre qualquer assunto (racial, político, religioso, sexual, etc...) é garantida pela Constituição lei máxima do Pais, é calada pela hipocrisia da população que se sente constrangida de expressar sua opinião sem agredir os movimentos da minoria. Direitos garantidos muitas vezes através de normas e portarias. E quando algum cidadão expressa sua opinião pessoal que contraria os interesse desta minoria!!! Ai estão ocorre a mutação nestes grupos de ‘oprimidos’ que pediam tolerância em cada frase acabam transformando, justamente naquilo que atacam; de uma hora para outra passam a ser preconceituosos e investem na censura, rotulando os seus contrários como o de 'reacionários', 'homo fóbicos', 'racistas', 'machistas' e etc. Um discurso muito eficiente, sem dúvida, uma vez que usam esse método para alcançar atenção. Mais uma vez tirados dos preciosos ensinamentos de Lênin: "acuse-os daquilo que você faz; xingue-os daquilo que você é".
Sun-Tzu, afirma em seu livro a “arte da guerra”, escrito a mais de 2500 anos, que há duas maneiras de dominar algo, pela Força ou pela (Subjugação) Subversão, esse movimento ideológico, a muito tempo descartou a Força, e investiu no processo de subversão (...)*, que já esta implantado na américa latina, em estagio avançado, tendo seu objetivo principal a desumanização, e despersonalização da individualidade ou, como é o caso, a politização da vida pessoal. Tudo para alcançar o poder e minar as bases do Estado Democrático de Direito. Um dos caminhos para isso é acabar com a igualdade de todos perante a Lei. Na prática, eles já conseguiram isso, com o sistema de cotas raciais nas universidades. Agora, tentam avançar mais um pouco nesse sentido, com as chamadas Leis "anti-homofobia", “Anti-Fumo”, “Desarmamento”, “Censura da Mídia” , “bulling”, entre outras que, a pretexto de defender os direitos de uma minoria, servirá apenas para tornar alguns mais cidadãos mais que outros.
Na realidade essas leis transformam os membros das tidas ‘minorias’ em supercidadãos, enquanto quem não se enquadra na classificação das mesmas será um subcidadão.
Vale atentar para o fato que não é a defesa das minorias, o que norteia o comportamento desta Ideologia. Afinal quando as revoluções comunistas tomaram o poder na Rússia, China e Cuba, por exemplo, essas minorias foram os primeiros a sentir o peso das espadas, foram trancafiados em campos de "reeducação", quando não foram assassinados. (...) Essa é a famosa Regra de 3, -Eu crio o problema, -Me apresento como Salvador da Pátria. –Eu corrijo o problema.
Não há nada mais útil e servil do que um militante, pois ele acredita cegamente em sua ideologia, que rouba sua capacidade de raciocinar, pensar e analisar transforma-se em um fanático que tenta impor suas visões torpes de mundo a outros, e faz disso como seu único meio de vida, são fanáticos!!
Nossa sociedade está em risco! Pois os tais ‘intelectuais orgânicos’ estão espalhados e se esgueiram em todos os setores, formando quadros, idiotas úteis se replicam e repetem discursos, mesmo que seja de maneira hipócrita (para não parecerem ‘homo fóbicos’, ‘reacionários’ e etc), mas fazem o trabalho sujo, se autocensuram e se anulam como gado acompanhando a manada. É uma guerra suja e longa e a melhor arma para lutar é a informação, ela evita as armadilhas dos discursos prontos e fáceis. Pensar dá trabalho, pensar por conta própria exige estudo e coragem.
Como não se pode apontar um erro, sem que lhe apresente a solução, acredito que uma maneira de se opor a essa engenharia social do “Politicamente Correto”, é a aplicação e a valorização da Meritocracia:
Meritocracia (do latim mereo, merecer, obter) é um sistema que considera o mérito (aptidão) a razão para se atingir determinada posição. Essas posições são conquistadas, em tese, com base no merecimento e entre os valores associados estão educação, moral, aptidão específica para determinada atividade, constitui-se em uma forma ou método de seleção.
A meritocracia está associada, por exemplo, aos exames de ingresso ou avaliação nas escolas particulares, nos quais não há discriminação entre os alunos quanto ao conteúdo das perguntas ou temas propostos. Assim, meritocracia também indica posições ou colocações conseguidas por mérito pessoal.
O principal argumento em favor da meritocracia é que ela proporciona maior justiça do que outros sistemas hierárquicos, uma vez que as distinções não se dão por sexo ou raça, nem por riqueza ou posição social, entre outros fatores biológicos ou culturais. Além disso, em teoria, a meritocracia, através da competição entre os indivíduos, estimula o aumento da produtividade e eficiência.
{{{Embora o sufixo "cracia" sugira um sistema de governo, há um sentido mais amplo. Em organizações, pode ser uma forma de recompensa por esforços e reconhecimento, geralmente associado a escolha de posições ou atribuição de funções. }}}
Os métodos e organismos meritocráticos enfatizam talento, educação formal e competência, em lugar de diferenças existentes, tais como classe social, etnia, ou sexo.
Observem que é exatamente o oposto ao que esta sendo implantado em nossa sociedade, ela valoriza a individualidade e não aos movimentos, isso estimula a evolução (...)
Esta é uma semente que planto na consciência de cada um dos IRs, não tenho a pretensão que todos compartilhem comigo essas preocupações e indignações, mas espero que esse trabalho tenha trazido novos conteúdos e uma visão mais critica da sociedade, e que analisemos quais os reais objetivos por trás de cada propaganda oficial.
Embora esse trabalho trate de alguns assuntos de ideologia politica, esclareço que nada é tratado a nível Partidário, não tenho nenhum objetivo de agradar ou desagradar qualquer Partido Politico, de Esquerda, Centro, ou de Direita, apenas me manifesto sob os conceitos puramente históricos.
O que me preocupa não é o grito das minorias. E sim o silêncio da Maioria!!!
Que ouçam os quem tiver ouvidos para ouvir.

Tenho Dito!!!
Roberto Ferreira Junior
07/Dezembro/2011