sábado, 22 de setembro de 2012


A BANDEIRA DO MUNICÍPIO DE GUARIBA

1- Síntese Histórica da Criação da Cidade de Guariba e Destaques Fáticos.
Para iniciar o trabalho acerca da Bandeira do Município de Guariba, primeiro, temos que verificar e analisar alguns aspectos históricos da fundação de Guariba, inclusive, como uma forma de homenagear esta Cidade em razão da proximidade da data de seu aniversário e por se tratar do mês de sua comemoração.

Guariba foi fundada em 21 de setembro de 1895, juntamente com a Capela de São Matheus, através do seu co-fundador Raphael da Silva Sobrinho, Bacharel em direito da Faculdade Largo do São Francisco, onde atualmente está situada a Escola Prof. Barros. Ainda colaboraram e atuaram de forma efetiva para a fundação do povoado local, os Ilustres Evaristo Vaz de Arruda, Joaquim Matheus Correa e Victor Manoel de Oliveira, que realizaram doações de terras que perfizeram os quarteirões da imediações da futura Estação de trem.

Esse nome foi estabelecido em razão da grande quantidade de animais da espécie de macacos denominados “Guariba” que habitavam a Região onde o povoado iniciou.
A fundação do povoado visava facilitar o escoamento da produção agrícola da época, cuja cultura predominante era o café, pois havia grandes distâncias entre as cidades predominantes da época, basicamente (Araraquara e Jaboticabal). Contudo, a linha férrea chegou a Guariba advinda do percurso de Araraquara e interligando-se a Jaboticabal.
Guariba prosperava por conta do clima e da terra roxa, produtivos e ideais, para o cultivo agrícola, porém era Distrito de Jaboticabal.

Em 15 de outubro de 1900 foi criada e instalada a Paróquia de São Matheus do Guariba.
Mas, a partir de 1916 iniciou o movimento político de emancipação do então Distrito.
O Governador Dr. Altino Arantes sancionou a Lei nº 1.562 que havia sido decretada pelo Congresso Legislativo, promulgando-a em 06 de novembro de 1917, criando-se o Município de Guariba na Comarca de Jaboticabal. Em 10/04/1918 houve a efetiva instalação do Município.

Adveio o ano de 1929 e consigo a denominada “Crise do Café” que gerou inúmeros prejuízos ao País, a Região e a cidade de Guariba, que tinha como cultura predominante o cultivo do café, tudo por conseqüência da “queda da Bolsa de Nova York”.
Foram tempos difíceis em que imperava a instabilidade financeira e bélica, implicando diretamente no desenvolvimento da Cidade, o que predominou até 1948.
Assim, a partir de 1948 iniciou-se a implantação da nova cultura agrícola na Região e na Cidade, ano em que houve a inauguração da Usina São Martinho. Essa inauguração ocorreu no Dia de São João (junho/1948), com a produção de 50.000 sacos de açúcar. No mesmo ano, 1948, também foi construída a Usina Bonfim. Em 1º de maio de 1961 foi inaugurado o Guaribinha Clube. No ano de 1965 ocorreu a inauguração do Correio.

Cabe ressaltar que, no ano de 1968, em 25 de Novembro foi decretada a criação do Brasão de Armas do Município e a sua respectiva Bandeira, através do Projeto nº 41/68 que se concretizou na Lei nº 415/68, sancionado pelo Prefeito da época Sr. Ernesto de Angelis.

A partir de 1977 passou-se a produção do álcool, projeto do Governo Federal, denominado de Proálcool – Programa Nacional do Álcool, para desenvolvimento de combustível sustentável e para a produção de carros à álcool, tendo em vista os elevados preços dos barris de petróleo.

Aos 15 de maio de 1984 houve um fato marcante para a história do Município, que consistiu na “greve” dos “bóia frias” da cidade de Guariba, que culminou com a conquista de vários direitos dos trabalhadores rurais. Esse fato foi tão marcante para o Município que teve cobertura em rede nacional e internacional, inclusive, pela impressa norte americana.  

Em 17 de maio de 1984 foi assinado um Acordo Coletivo de Trabalho, que foi denominado de “Carta de Guariba”, na qual foram estabelecidos direitos mínimos dos trabalhadores rurais, o qual passou a ser utilizado como parâmetros das relações de trabalho dos trabalhadores do campo na Região e em todo o Território Nacional.

A partir de 15 de novembro de 1988, após a promulgação da Constituição Federal, foram realizadas as eleições, conhecidas também como “Diretas Já”, em que o povo escolhia os seus representantes através do voto.

O primeiro Prefeito empossado após esse período foi o Sr. Paulo Mangolini, que teve como seu vice o Sr. Dario Pimenta Rocha.

Com todos esses anos, Guariba cresceu geográfica, populacional e economicamente, tornando-se a “terra do açúcar e álcool”, sendo conhecida ainda, como a “Cidade Primavera”, pois a data de sua fundação coincide com a proximidade da data de início da estação das flores, “a Primavera” e também com o “Dia da Árvore” (Festa Anual das Árvores).

2- A BANDEIRA DE GUARIBA
A Bandeira do Município de Guariba foi criada em 25 de Novembro de 1968, através do Projeto de Lei nº 41/68, que derivou a Lei nº 415/1968, daquela data, tendo sido sancionada pelo Prefeito Municipal, Exmo. Sr. Ernesto de Angelis.
A criação da Bandeira do Município teve a autoria do Dr. Wallace de Oliveira Guirelli, advogado, heraldista e especialista em medalhística.
(O Heraldista realiza a arte e a ciência de descrever os brasões de armas, descrevendo-o primeiro para depois desenhá-lo, de tal modo que todos os desenhos sejam realizados iguais, sem nenhuma distinção; Assim, a arte de desenhar um brasão se dá o nome de “brasonar”, pois após a leitura das descrições realizadas pelo “heraldista” desenha-se o brasão. A medalhística, consiste no estudo das medalhas).

A Bandeira de Guariba corresponde ao mesmo desenho do Brasão de Armas deste Município, porém a Bandeira possui apenas uma diferença, a qual consiste na sobreposição do Brasão a um retângulo de cor amarelo ouro ou dourada.

Assim, passamos a analisar, em “linguagem comum”, a Bandeira Municipal, cuja idealização está interligada com a história do Município, facilitando a compreensão e os episódios industriais, culturais, religiosos, enfim, aspectos locais que idealizaram a sua criação, conforme veremos a seguir:

2.1- A BANDEIRA
O FUNDO DA COR DE OURO: A Bandeira do Município tem como fundo a cor de ouro, que representa a riqueza da Região, decorrente da sua produção e desenvolvimento, além da sua prosperidade e virtudes (qualidades).

O ESCUDO: O Escudo é chamado de “português antigo” ou “português clássico”, ou ainda, “flamengo ibérico”, pois possui formato retangular na parte posterior e arredondado na parte inferior. Essa forma quadrangular e arredondada decorreu do estilo “Lusitano” utilizado à época dos descobrimentos em “Portugal”, de onde originou, basicamente, Nossa língua, costumes e desenvolvimento.
A cor desse ESCUDO é em “blau”, expressão heráldica, de origem francesa, utilizada para fazer referência a cor azul, cujo significado consiste na “perseverança, dignidade e serenidade”. O escudo é o campo condigno a receber as configurações históricas e topográficas do Município.

FAIXA PRATEADA: O Escudo apresenta no centro uma “faixa ondada diminuta, de prata, aguada do campo”. A faixa é da cor “prateada” porque na heraldica representa a paz, o trabalho, a prosperidade, a amizade, presentes desde os primórdios do Município.
Essa “faixa da cor prata” é “ondada diminuta, aguada do campo”, porque contém pequenas ondas da cor azul igual a superfície do Escudo, pois representam a hidrografia do Município, especialmente, o Rio Mogi Guaçu, que cortava o Município, assim como ao Rio Guariba, cuja nascente é a sede do Município.

PALMEIRA: No interior do Escudo apoiada sobre a faixa prata há uma palmeira cor de ouro. A palmeira refere-se aos vegetais da espécie dos coqueiros.
Na Bandeira do Município foi introduzido, porque simboliza a espécie de plantas “Macaúbas” abundantes na Região e que denominava a Fazenda de propriedade da Sra. D. Constância  Delphina da Conceição, que contribuiu com as suas terras para o início da formação do povoado que, posteriormente, transformou-se no atual Município.

ÂNCORA: Na parte inferior da “faixa prateada” há uma âncora, também na cor de ouro, que simboliza o “Porto Pinheiro”, existente na época, à margem do Rio Mogi Guaçu, e que possibilitava a travessia do Rio de uma margem à outra, através de balsas.

CADEIA DE OURO ROTA: simboliza o episódio Local mais importante, o qual consistiu na emancipação de Guariba em relação a Jaboticabal, elevando-se a Município. 
Essa corrente com “elos partidos” demonstra claramente a independência adquirida pelo Município com a sua emancipação.
A cor de ouro da Palmeira, da âncora e da “cadeia rota” tem por objetivo a harmonia, a estética e a beleza da combinação entre a cor de ouro e o azul do escudo. Essa combinação representa a riqueza, a grandeza, a virtude e o poder da cidade.

OS SUPORTES: O Escudo é sustentado por dois suportes, um à destra e outra à sinistra, ou seja, um à direita e outra à esquerda, ambos compostos por um ramo de café frutificado, acompanhado por uma haste de cana, ambos na sua cor, passados em aspas nas pontas, representando assim, as culturas predominantes no Município, primeiro o café, e, atualmente, a cana-de-açúcar. A expressão “passados em aspas na ponta”, significa entrelaçados na ponta abaixo do Escudo.

AS TORRES PRATEADAS: Sobre o Escudo encontram-se as “torres prateadas”, contendo cada qual a sua porta. São ao todo oito torres, das quais são visíveis três torres inteiras e duas pela metade, haja vista que representam “A COROA”, que é de caráter circular e situa as outras três torres na sua parte traseira. Essas torres possuem “denteadas entre si” reentrâncias da muralha, que eram utilizadas pelos soldados para disparos bélicos.
A Torre Central possui um escudete da cor “blau” (azul) acima da sua porta, o que representa o elemento religioso. Esse “escudo pequeno” contém um “rolo de papiro da cor prata, desenrolado, carregado de uma pena de sable”, ou seja, sobre o papiro há uma pena de escrever na cor preta. Esse rolo de papiro tem como atributo a iconografia cristã (arte da pintura dos ícones religiosos), sendo um atributo ao padroeiro do Município, São Mateus Evangelista. 

OS TRILHOS: Ainda na parte inferior do Escudo, verifica-se os “trilhos da estrada de ferro”, cujo símbolo resulta dos trens e das suas estradas que foram instalados pela Companhia Paulista de Ferro, no ano de 1892, às Margens do Rio Guariba, aproximando as cidades da Região (inclusive, Jaboticabal e Araraquara), o que culminou na criação do povoado que derivou o Município de Guariba.

O LISTEL: Há, concomitantemente, à “estrada de ferro” “UM LISTEL”, na cor azul (blau), da mesma cor do escudo, contendo a denominada “divisa” na cor prata, que corresponde ao “escrito”. Esse listel é na cor azul e prata, pois tem que harmonizar-se com o Escudo.
A DIVISA, isto é, o escrito foi realizado em “latim”, referindo-se a “língua mãe”, dando-lhe universalidade e eternidade, de modo a dificultar a sua modificação e a perda do ideal.

“PROPOSITUM CONDITORUM NON DEFUIT”, que significa “O IDEAL DOS FUNDADORES NÃO ESMORECEU”, portanto, expressa o ideal do povo de Guariba.

3- CONCLUSÕES:
CONCLUSÃO: A criação de Guariba teve como principal causa a diminuição da distância entre as cidades de Araraquara e Jaboticabal e o desenvolvimento do interior da Região, de modo a aumentar a sua capacidade produtiva e econômica. Por isso, devemos fazer por Guariba o melhor Local para viver, com qualidade de vida, trabalho, lazer, paz, fraternidade e justiça, sem jamais “esmorecer os ideais da sua fundação”, que sempre foram o crescimento e o desenvolvimento, através da riqueza produzida pela sua terra, possibilitando aos seus “urbes” a dignidade humana. 

Trabalho de
Fernando Scuarcina
21 de Setembro de 2012.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Passos que Salvam


Hospital de Câncer de Barretos conta com Guariba

O Hospital de Câncer de Barretos lançou ontem (13) no anfiteatro do Hospital Regional de Guariba, o projeto Passos que Salvam. Trata-se de uma caminhada, na qual para participar as pessoas compram uma camiseta e um squeeze no valor de R$ 20,00. A renda será revertida para o HC. O evento acontece no dia 25 de novembro, tem como objetivo uma caminhada que acontecerá em mais de 20 cidades da região. O projeto lança  a Conscientização para prevenção precoce do câncer infanto-juvenil. A meta é arrecadar fundos para construção de uma sala de cirurgia moderna no hospital infantil.

Hoje o Hospital de Câncer Infanto-Juvenil é uma realidade. Tem 27 leitos, ambulatório, salas de infusão separadas por faixa etária, atendimento 24 horas, laboratórios de emergência. Uma quimioteca que une clínico a atividades de recreação e cultura conforme a possibilidade de cada paciente.

A unidade tem também um centro de entretenimento, anfiteatro, casa da cultura e brinquedoteca. A Casa da Cultura terá sete projetos diferentes destinados aos pacientes e acompanhantes, com oficinas de música, dança, teatro, fotografia, informática, entre outros.